quinta-feira, 2 de junho de 2011

Quem vai descascar este pepino?

Desde a semana passada, um surto de uma nova linhagem infecciosa da bactéria Escherichia coli (E. coli) matou 18 pessoas na Alemanha e na Suécia e infectou mais de 1.400. Inicialmente, a suspeita foi que pepinos de origem espanhola, vendidos na cidade alemã de Hamburgo, seriam os vetores da contaminação. As acusações alemãs motivaram vários países a cancelarem as importações de pepinos espanhóis, causando prejuízos para a Espanha da ordem de 200 milhões de euros por semana, colocando em risco cerca de 70 mil empregos e causando ainda um mal estar diplomático.

A guerra diplomática é o que menos interessa no meio deste alerta à segurança de alimentos    que vem demonstrar o quão os consumidores estão vulneráveis e como precisamos evoluir em padrões internacionais de controle sanitário.

Os pepinos foram bem escolhidos pela letal E. coli  para mostrar que nem tudo está sob controle. Não é a primeira vez que este microrganismo mostra seus poderes e capacidade de se mutar diante das adversidades. Em janeiro de 1993, no estado de Washington, ocorreu um incidente fatal, envolvendo a contaminação de hamburguer por Escherichia coli O157:H7 em uma cadeia de restaurantes chamada "Jack In The Box". Várias crianças adoeceram e duas faleceram. O surto foi relacionado à ingestão de hamburguer mal-cozido.

A figura abaixo foi disponibilizada pelo Ministério da Saúde e demonstra como a E. coli age no organismo humano e quais seus principais sintomas:


A bactéria provoca infecção gastrointestinal com diarréia e vômitos. Em muitos casos, pode piorar e resultar em problemas renais e levar à morte.

Com estes casos, fica cada vez mais evidente a importância do envolvimento de toda cadeia produtiva (campo à mesa) no estabelecimento de sistemas de gestão da qualidade e segurança de alimentos eficazes.

A perspectiva que é que seja encontrada pelas autoridades sanitárias a origem desta contaminação para que medidas de controle possam atuar nas causas, afim de minimizar  mais prejuízos à saúde e economia, e ainda na prevenir novos surtos.

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