quarta-feira, 28 de abril de 2010

É preciso treinar!

A dica sobre Boas Praticas de Fabricação (BPF) de hoje é:  invista no treinamento dos seus colaboradores! Colaboradores bem treinados e conscientes são capazes de realizar suas atividades em condições controladas e criando um ambiente de produção higiênico e de qualidade.

Costumo dizer em meus treinamentos uma frase que escutei e nunca mais esqueci, "a educação é um processo que tem início, meio e não tem fim", então não pense que basta um treinamento para tudo estar em conformidade. O treinamento deve ser continuo e adequado a realidade da sua equipe.

Outra dica importante é a escolha da abordagem e do método de apresentação do tema. Você deve utilizar uma abordagem traduzida em exemplos práticos e do dia-a-dia na produção. Faça uma apresentação com fotos, audio, dinâmicas de grupos, placas de cultura de microrganismos, historinhas, simulação de fiscalização ou outras atividades que encurtem o caminho para o aprendizado e conscientização.

Ter BPF em Serviços de Alimentação não é diferencial é regra, conforme legislação definida pela ANVISA - RDC 216 - 15 de setembro de 2005. Mas não se prenda só nisso, afinal implementar as BPF também é uma questão de responsabilidade social, afinal , fornecer uma alimentação de qualidade e segura irá  influenciar diretamente no bem estar das pessoas. E não se esqueça esta pessoa pode ser VOCÊ.

Utilize materiais já desenvolvidos e publicamente ofertados, como por exemplo a cartilha que a ANVISA publicou especificamente para os manipuladores de alimentos. Eu não poderia deixar de dar esta dica!

Só uma coisinha, prefiro usar o termo "colaborador" pelo sentido amplo da palavra, porque "manipulador de alimentos" parece que é a pessoa que manuseia diretamente os alimentos, mas na verdade todas as pessoas que interagem de alguma forma com o ambiente de produção também devem saber a importância das BPF e como suas atividads podem impactar na produção segura dos alimentos. Claro que você deve considerar a criticidade de cada atividade!

Minha intenção é voltar neste tema muitas vezes, pois como CONSUMIDORA, percebo que muitos estabelecimentos de serviços de alimentação nos quais frequento ainda não estão adequados e deixam muito a desejar quanto a aplicação das BPF.

Até mais!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Alimentos orgânicos: qualidade e sustentabilidade

Na hora das compras os produtos orgânicos sempre chamam nossa atenção, normalmente apresentam características sensoriais muito atrativas, como por exemplo a cor, o cheiro e a textura. Mas porque são chamados "orgânicos"? Logo pensamos que é para deixá-los mais caros.

Na tentativa de minimizar estas dúvidas, resolvi editar este texto. Pretendo ser tão breve quanto esclarecedora.

Produtos orgânicos são aqueles cujos processos produtivos são baseados em princípios agroecológicos, que envolvem o uso adequado do solo, água, ar e todos os aspectos culturais e sociais das pessoas e comunidade envolvida.

Substâncias que possam impactar na preservação da saúde humana e meio ambiente não fazem parte do processo produtivo dos orgânicos. Apenas fertilizantes naturais são utilizados. Agrotóxicos e produtos trangênicos não são utilizados.

Em função do manejo diferenciado dos orgânicos, seja de origem animal ou vegetal, estes produtos se tornam mais saborosos e saúdaveis. E ainda trazem em sua concepção o desenvolvimento sustentável, motivos estes que podem ser decisivos no momento de levá-los à mesa. Mas, antes de comprar cheque se possuem o selo de produto orgânico.

Alguns cuidados são importantes na hora de escolher estes produtos, para isso o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento em parceria com o escritor Ziraldo lançou em 2009 uma cartilha orientativa  "O Olho do Consumidor - Produto Orgânico", um material simples e de fácil leitura. Consulte: www.prefiraorganicos.com.br/media/14005/o_olho_do_consumidor.pdf

Até a próxima edição!


Ovos - alguns cuidados importantes

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Você sabe o que está comendo?

Com objetivo de promover a educação para uma alimentação saudável, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), publicou em 2008 um Manual para orientar os consumidores sobre a rotulagem nutricional.

O material é ótimo, prático e traduzido numa linguagem acessível à todos.

Consulte e divulgue esta informação:

Além do Rótulo

Navegando pelo site da Agência Nacional da Vigilância Sanitária encontrei um informação importante para todos nós consumidores.

Trata-se de um canal aberto para esclarecimentos sobre a qualidade das frutas e hortaliças produzidas no Brasil. As informações estarão disponíveis eletronicamente através de terminais instalados em locais de venda de alimentos (grandes supermecados). Você encontrará informações sobre qualidade e segurança de alimentos que envolvem também notícias de fraudes, aspectos nutricionais, alertas, contaminações por agrotóxico e até mesmo orientação sobre o conteúdo do rótulo, crendices alimentares e cuidados com saúde. Além dos terminais, os consumidores poderão acessar as informações também através do site http://www.alemdorotulo.com.br/

Espero que informações sobre produtos de origem animal, oleaginosas e grão sejam incluidas também.

Parabéns a Embrapa e MAPA pela iniciativa!

À você só pode desejar que se delície com estas informações e que elas possam ser fundamentais na escolha de seus alimentos.

Este serviço foi iniciado no dia 13/04/2010 em Brasília.

O que é alimento seguro?

 
Considero importante começar as publicações deste blog pela simples definição de Alimento Seguro.

Então vamos lá! Alimento Seguro é aquele que não oferece perigos (físicos, químicos ou biológicos) à saúde e integridade do consumidor quando preparado e/ou consumido conforme o uso pretendido.

Vários elementos podem impactar na segurança de alimentos seja o controle das temperaturas, a condição da matéria-prima, ingredientes e/ou embalagens, armazenamento, manipulação, etc. Hoje temos muitas tecnologias que favorecem nestes controles e profissionais qualificados, mas não é nada fácil garantir a segurança de alimentos do campo até a mesa!
Os fabricantes e os varejistas (supermercados, conveniências, etc.) tem a obrigação de garantir a segurança dos produtos que vendem, afinal eles também fazer parte da cadeia produtiva de alimentos.
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