segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Brasil avança no controle de resíduos de embalagens nos alimentos

Preocupada com a saúde dos consumidores e com o alinhamento com as legislações internacionais ANVISA publicou em 30 de novembro deste ano a  Resolução de RDC 51/2010 que visa estabelecer os critérios para controle de substâncias que migram das embalagens plásticas para os alimentos.

A norma estabelece critérios para verificar se substâncias prejudiciais à saúde estão migrando, em teores maiores do que os autorizados pela legislação, de embalagens e utensílios plásticos para os alimentos. Esses critérios também serão utilizados por todos os países membros do Mercosul. Os padrões de referência utilizados por laboratórios dos Estados Unidos e União Européia no controle sanitário de alimento foram considerados na elaboração desta nova regulamentação.

Os corantes também passaram por processos de análises quanto ao teor da substância nos alimentos. A RDC 52/2010, publicada em 1º de dezembro define os critérios para utilização de corantes em embalagens e equipamentos plásticos destinados ao contato com alimentos. Os critérios incluem limites para migração de substâncias das embalagens para os alimentos e métodos para determinação desta migração, bem como critérios de pureza e níveis máximos permitidos para o uso de alguns corantes.

Em resumo: o objetivo é verificar se os alimentos não apresentam risco para a saúde da população. A partir de agora, os critérios estabelecidos pela Resolução RDC 51/2010 da ANVISA devem ser utilizados para determinar a migração de substâncias de embalagens e equipamentos plásticos para os alimentos.

Mais informações podem ser consultadas no site da ANVISA: http://www.anvisa.gov.br/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Escolher alimentos saudáveis ficará mais fácil

As propagandas de bebidas com baixo teor nutricional e de alimentos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada ou trans e de sódio vão mudar nos próximos 180 dias. Esse é o prazo que as empresas têm para se adequar à RDC 24/2010 da ANVISA . A resolução estabelece novas regras para a publicidade e a promoção comercial desses alimentos. O objetivo é proteger os consumidores de práticas que possam, por exemplo, omitir informações ou induzir ao consumo excessivo. Ao se divulgar ou promover alguns alimentos será necessário veicular alertas sobre os perigos do consumo excessivo.

Para escolher o alimento certo o consumidor precisa de informação!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vinhos e espumantes terão selo especial!

A partir de julho de 2011, os vinhos e espumantes só poderão ser vendidos no país com selo de controle especial fornecido pela Receita Federal, quem ganhará com isto também será nós "consumidores". Afinal, esta medida foi uma solicitação do próprio setor com o objetivo de acabar com a falsificação e até mesmo, contrabando e comércio sem nota fiscal, conforme disse o secretário da Receita Federal.

É importante comentar que esta nova medida não aumentará o custo dos produtos, conforme relata o representante da Receita Federal.

Para evitar transtornos a produtores e comerciantes, a Receita estabeleceu um calendário de transição. Até 10 de junho, as empresas terão de apresentar a previsão de quantos selos pretendem encomendar. Até 31 de agosto, as empresas terão de se inscrever ou atualizar os dados no Registro Especial.

A instrução normativa que regulamenta esta medida também estabelece que a partir de 1º de novembro, os produtores e importadores terão de usar os selos de controle. Para os atacadistas e varejistas, a selagem só será obrigatória a partir de 1º de julho de 2011.

No caso de vinhos e espumantes nacionais, Zomer (coordenador geral da Receita Federal) esclarece que os selos não serão exigidos para safras antigas. Em relação ao comércio e à importação, o selo só valerá para garrafas de safras de anos anteriores adquiridas para revenda depois de julho do próximo ano.

Hummm... estamos numa ótima estação para consumir estas saborosas bebidas! Mas, não esqueça, se beber não dirija! E mesmo que não vá dirigir, beba com moderação!

Maiores informações podem ser verificadas no site da Receita Federal:


domingo, 16 de maio de 2010

Nova Resolução da Anvisa garante informações sobre fenilalanina


Nova Resolução foi publicada no dia 06 de maio de 2010 pela Anvisa - RDC nº 19, que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas informarem à ANVISA a quantidade de fenilalanina, proteína e umidade de alimentos, para elaboração de tabela do conteúdo de fenilalanina em alimentos, assim como disponibilizar as informações nos serviços de atendimento ao consumidor (SAC).

Fenilcetonúria é uma deficiência genética, hereditária e se caracteriza pela falta de uma enzima em maiores ou menores proporções, impedindo que o organismo metabolize e elimine o aminoácido fenilalanina. Este, em excesso no sangue é toxico, atacando principalmente o cérebro e causando deficiência mental entre outros problemas, como: convulsões, problemas de pele e cabelo.

O tratamento e controle alimentar deve ser feito com dieta especial à base de leite e alimentos que não contenham fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e leve uma vida normal.

*Estima-se que 1 em cada 10 mil recém nascidos é portador de fenilcetonúria. A fenilcetonúria pode ser identificada através do teste do pezinho.

sábado, 15 de maio de 2010

Dicas para o consumo seguro de ovos


Conforme havia prometido, seguem algumas medidas de controle para prevenção de contaminação por Salmonella através do consumo de ovos:

- Procure adquirir ovos de estabelecimentos comerciais que armazenam os ovos em prateleiras refrigeradas.

- Ajude a conscientizar os produtores e vendedores de ovos a refrigerar os ovos desde a produção até sua comercialização;

- Em casa, mantenha os ovos na geladeira. O ideal é que não seja na porta;

- Retire-os da embalagem que vem do supermercado e coloque-os em um recipiente higienizado;

- Descarte ovos quebrados ou sujos;

- Lave bem as mãos, utensílios e superfícies da pia, com água e sabão, depois do contato com ovos crus;

- Não contamine os outros alimentos com resíduos de ovos crus na pia, panelas, liquidificador, etc;

- Coma os ovos bem cozidos (gema e claras duras/firmes);

- Sempre guarde na geladeira as sobras de alimentos feitos com ovos e procure consumi-las o mais prontamente possível;

- Evite comer pratos à base de ovos crus como determinados sorvetes artesanais ou caseiros, mousses, coberturas de bolo, maionese caseira, molhos, etc;

- Se você não vai consumir ovos crus ou mal passados não é necessário lavá-los, mas se preferir não há problema, desde que você use imediatamente. Não lave e guarde depois!

Os ovos são uma ótima fonte de proteína, ferro e vitame E, não deixe de consumí-los, apenas saiba como conservá-los e prepará-los!


Maiores informações consulte o site:
http://www.cve.saude.sp.gov.br/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Açaí: uma delícia, mas é preciso ter cuidado!


Hoje bem cedo li no Estadão uma matéria com o resultado de um estudo que já esperava há tempos: "Estudo inédito liderado pela Unicamp comprova suspeita de que polpa preparada sem cuidados de higiene pode realmente causar o mal, que traz problemas cardíacos. Pasteurização elimina protozoário, mas processo ainda não é obrigatório no Brasil."

Depois do caso de transmissão da doença através do caldo de cana no Sul e aumento dos casos no Norte do país, parece que a comunidade cientifíca se sentiu muito motivada em nos dar esta contribuição. Espero que legislação especifica e inspeção adequada sejam desenvolvidas pelos órgãos competentes.

De acordo com os estudos, mesmo que o açaí seja submetido a baixas temperaturas de congelamento (-20ºC), esta não é uma medida de controle eficaz na eliminação do protozoário transmissor da doença (Trypanosoma cruzi). Somente a correta pasteurização - tratamento térmico que envolve aquecimento e rápido resfriamento - que ainda não é obrigatória no Brasil, conseguiria eliminar o microrganismo. Na ausência deste processo, a higienização correta do fruto é fundamental na miminização do risco da contaminação.

O objetivo não é apontar apenas pontos negativos sobre alimentos, mas sim alertá-los para que possam consumi-los adequadamente e desfrutar de todos os seus benefícios.

Eu adoro açaí, a única coisa que vai mudar agora é a escolha dos locais que irei comprá-lo!

Se quiser ver a matéria completa, consulte:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100512/not_imp550481,0.php

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Por que não devo consumir ovos crus ou mal cozidos?


Não consuma ovos crus ou mal cozidos! Quer saber por que?

Vamos começar pelo agente biológico causador desta orientação, a Salmonella Enterides. Esta é uma poderosa bactéria, um dos tipos mais comuns no mundo, e é transmitida principalmente através dos ovos se consumidos crus ou mal cozidos.

Os efeitos à saúde do individuo contaminado por está bactéria são principalmente a febre, cólicas e diarréia. Mas, se atingir gestantes, crianças, idosos ou imunodeprimidos os efeitos podem ser ainda mais severos, podendo até levar à morte. Os sintomas podem se manifestar de 12 a 72 horas após o consumo do alimento contaminado.

É importante também não utilizar claras e gemas cruas em coberturas de bolos, doces, maioneses ou outros pratos que serão servidos sem cozimento prévio. Há várias alternativas de preparo dos alimentos com ovos para que sejam seguros.

Na próxima publicação irei descrever outros controles e medidas necessárias à prevenção deste tipo de contaminação, mas a principal você já sabe:  "ovos" apenas fritos, cozidos e devem ser prontamente consumidos!


domingo, 2 de maio de 2010

Água com gás antes do cafezinho

Quando vou à cafeterias ou restaurantes, observo que ainda há dúvidas sobre o consumo da água que acompanha o cafezinho.

A explicação é simples! A água com gás é servida para que você possa apreciar melhor a qualidade do café que está consumindo, pois ela é capaz de realizar a assepsia das papilas gustativas, deixando-as mais sensíveis. Não se esqueça, você deve consumi-lá antes de degustar o café.

Servir a água com gás junto com o cafezinho não é obrigação, mas é uma ótima prática.

E se você aprecia um bom café, experimente!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

É preciso treinar!

A dica sobre Boas Praticas de Fabricação (BPF) de hoje é:  invista no treinamento dos seus colaboradores! Colaboradores bem treinados e conscientes são capazes de realizar suas atividades em condições controladas e criando um ambiente de produção higiênico e de qualidade.

Costumo dizer em meus treinamentos uma frase que escutei e nunca mais esqueci, "a educação é um processo que tem início, meio e não tem fim", então não pense que basta um treinamento para tudo estar em conformidade. O treinamento deve ser continuo e adequado a realidade da sua equipe.

Outra dica importante é a escolha da abordagem e do método de apresentação do tema. Você deve utilizar uma abordagem traduzida em exemplos práticos e do dia-a-dia na produção. Faça uma apresentação com fotos, audio, dinâmicas de grupos, placas de cultura de microrganismos, historinhas, simulação de fiscalização ou outras atividades que encurtem o caminho para o aprendizado e conscientização.

Ter BPF em Serviços de Alimentação não é diferencial é regra, conforme legislação definida pela ANVISA - RDC 216 - 15 de setembro de 2005. Mas não se prenda só nisso, afinal implementar as BPF também é uma questão de responsabilidade social, afinal , fornecer uma alimentação de qualidade e segura irá  influenciar diretamente no bem estar das pessoas. E não se esqueça esta pessoa pode ser VOCÊ.

Utilize materiais já desenvolvidos e publicamente ofertados, como por exemplo a cartilha que a ANVISA publicou especificamente para os manipuladores de alimentos. Eu não poderia deixar de dar esta dica!

Só uma coisinha, prefiro usar o termo "colaborador" pelo sentido amplo da palavra, porque "manipulador de alimentos" parece que é a pessoa que manuseia diretamente os alimentos, mas na verdade todas as pessoas que interagem de alguma forma com o ambiente de produção também devem saber a importância das BPF e como suas atividads podem impactar na produção segura dos alimentos. Claro que você deve considerar a criticidade de cada atividade!

Minha intenção é voltar neste tema muitas vezes, pois como CONSUMIDORA, percebo que muitos estabelecimentos de serviços de alimentação nos quais frequento ainda não estão adequados e deixam muito a desejar quanto a aplicação das BPF.

Até mais!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Alimentos orgânicos: qualidade e sustentabilidade

Na hora das compras os produtos orgânicos sempre chamam nossa atenção, normalmente apresentam características sensoriais muito atrativas, como por exemplo a cor, o cheiro e a textura. Mas porque são chamados "orgânicos"? Logo pensamos que é para deixá-los mais caros.

Na tentativa de minimizar estas dúvidas, resolvi editar este texto. Pretendo ser tão breve quanto esclarecedora.

Produtos orgânicos são aqueles cujos processos produtivos são baseados em princípios agroecológicos, que envolvem o uso adequado do solo, água, ar e todos os aspectos culturais e sociais das pessoas e comunidade envolvida.

Substâncias que possam impactar na preservação da saúde humana e meio ambiente não fazem parte do processo produtivo dos orgânicos. Apenas fertilizantes naturais são utilizados. Agrotóxicos e produtos trangênicos não são utilizados.

Em função do manejo diferenciado dos orgânicos, seja de origem animal ou vegetal, estes produtos se tornam mais saborosos e saúdaveis. E ainda trazem em sua concepção o desenvolvimento sustentável, motivos estes que podem ser decisivos no momento de levá-los à mesa. Mas, antes de comprar cheque se possuem o selo de produto orgânico.

Alguns cuidados são importantes na hora de escolher estes produtos, para isso o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento em parceria com o escritor Ziraldo lançou em 2009 uma cartilha orientativa  "O Olho do Consumidor - Produto Orgânico", um material simples e de fácil leitura. Consulte: www.prefiraorganicos.com.br/media/14005/o_olho_do_consumidor.pdf

Até a próxima edição!


Ovos - alguns cuidados importantes

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Você sabe o que está comendo?

Com objetivo de promover a educação para uma alimentação saudável, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), publicou em 2008 um Manual para orientar os consumidores sobre a rotulagem nutricional.

O material é ótimo, prático e traduzido numa linguagem acessível à todos.

Consulte e divulgue esta informação:

Além do Rótulo

Navegando pelo site da Agência Nacional da Vigilância Sanitária encontrei um informação importante para todos nós consumidores.

Trata-se de um canal aberto para esclarecimentos sobre a qualidade das frutas e hortaliças produzidas no Brasil. As informações estarão disponíveis eletronicamente através de terminais instalados em locais de venda de alimentos (grandes supermecados). Você encontrará informações sobre qualidade e segurança de alimentos que envolvem também notícias de fraudes, aspectos nutricionais, alertas, contaminações por agrotóxico e até mesmo orientação sobre o conteúdo do rótulo, crendices alimentares e cuidados com saúde. Além dos terminais, os consumidores poderão acessar as informações também através do site http://www.alemdorotulo.com.br/

Espero que informações sobre produtos de origem animal, oleaginosas e grão sejam incluidas também.

Parabéns a Embrapa e MAPA pela iniciativa!

À você só pode desejar que se delície com estas informações e que elas possam ser fundamentais na escolha de seus alimentos.

Este serviço foi iniciado no dia 13/04/2010 em Brasília.

O que é alimento seguro?

 
Considero importante começar as publicações deste blog pela simples definição de Alimento Seguro.

Então vamos lá! Alimento Seguro é aquele que não oferece perigos (físicos, químicos ou biológicos) à saúde e integridade do consumidor quando preparado e/ou consumido conforme o uso pretendido.

Vários elementos podem impactar na segurança de alimentos seja o controle das temperaturas, a condição da matéria-prima, ingredientes e/ou embalagens, armazenamento, manipulação, etc. Hoje temos muitas tecnologias que favorecem nestes controles e profissionais qualificados, mas não é nada fácil garantir a segurança de alimentos do campo até a mesa!
Os fabricantes e os varejistas (supermercados, conveniências, etc.) tem a obrigação de garantir a segurança dos produtos que vendem, afinal eles também fazer parte da cadeia produtiva de alimentos.
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